CARBONO MUSICAL 2: Dicró - 20 Super Sucessos

domingo, 16 de julho de 2017

Dicró - 20 Super Sucessos

01 - Botei Minha Nega No Seguro
02 - Barra Pesada
03 - O Barrigudo
04 - Forró do Waldemar
05 - Piscinão
06 - Chatuba
07 - Cabide De Emprego
08 - Dá Bom Dia
09 - O Linguiceiro
10 - Bom De Briga
11 - Carne Assada
12 - Funeral Do Ricardão
13 - Duro Na Queda
14 - O Sogro
15 - Se O Bigode Falasse
16 - O Bingo
17 - Pede Que Ela Da
18 - O Político
19 - Praia De Ramos
20 - Olha A Rima


Dicró - cantor e compositor de samba
Carlos Roberto de Oliveira
14/2/1946 Mesquita, RJ
25/4/2012 Rio de Janeiro, RJ


BIOGRAFIA
Passou a infância na favela do bairro do Jacutinga, em Mesquita, cidade da Baixada Fluminense.

Filho de mãe de Santo renomada na região e organizadora de festas no próprio terreiro, nas quais participavam Zeca Pagodinho, Elza Soares, Sérgio Fonseca, Roberto Silva, Romildo, Edson Show, Elias do Parque, Wilsinho Saravá, Pongá e Bebeto di São João, entre outros. Pertenceu a ala de compositores da Beija-Flor de Nilópolis e da Grande Rio, em Caxias. O apelido Dicró lhe foi dado por acaso. Segundo o poeta Sérgio Fonseca, na época em que integrava a ala de compositores de um bloco carnavalesco de Nilópolis os sambas de sua autoria eram impressos com as iniciais de seu nome CRO, por causa de ser homônimo do jogador do Vasco Roberto Dinamite, muito famoso na época. Com o tempo e os erros tipográficos o "De CRO" mudou para "Di CRO" e posteriormente DICRÓ.
Ao lado de Moreira da Silva, Osmar do Breque, Germano Mathias e Bezerra da Silva, é considerado um dos principais sambistas da linha humorística.
No ano de 1991 estreou como teatrólogo com o texto "O dia em que eu morri".
No governo de Anthony Garotinho, do Rio de Janeiro, foi o principal incentivador da obra do Piscinão de Ramos, na praia de Ramos no subúrbio do Rio de Janeiro. Para o piscinão compôs diversas músicas, sendo considerado o "Prefeito do Piscinão", no qual mantém um treiler com seu nome, ponto de encontro de sambistas e novos grupos de pagode.

Dados Artísticos

No ano de 1976 Roberto Ribeiro gravou "Samba do sofá", em parceria com Geraldo Babão, sua primeira música gravada. No ano seguinte, ao lado de Dedé da Portela, Picolé da Beija-Flor, Cartolinha, Conjunto Realidade, Carlão Elegante, Djalminha, Matias de Freitas e Rubens Confeti, participou do disco "A hora e a vez do samba", produzido por Ramalho Neto. No LP interpretou de sua autoria "Barra pesada" (c/ José Paulo) e "Mão no fogo".
Em 1978 lançou o primeiro disco "Barra Pesada", que logo chamou a atenção do público e da crítica pelas composições de cunho humorístico, quase sempre retratando lugares como Praia de Ramos, morros cariocas e Baixada Fluminense, além de personagens do cotidiano como sogra, ex-mulher, políticos inescrupulosos, bandidos e dondocas da Zona Sul. Do primeiro LP destacaram-se "Botei minha nega no seguro" (c/ G. Martins), "Barra pesada [Melô da Baixada]" (c/ José Paulo) e "Cadê a mulher desse lugar" (Dico da Mangueira e Silva Filho). Foram também incluídas neste mesmo disco: "Baixinho" (Elias do Parque e Édson Show), "O barrigudo" (c/ Elias do Parque), "Espírito mau" (Sebastião Adilson) e "Joãozinho e sua história", de autoria de Tonicão e Jota Ramos. No ano seguinte, também pela gravadora Continental, gravou o LP "Dicró", no qual foram incluídas "Chatuba" (c/ Elias do Parque), "Olha a rima" (c/ Dias) e "Se o bigode falasse", em parceria com Savinho, todas executadas com razoável sucesso na época.

Em 1980, pela Continental, lançou o LP "Dicró". A composição "Praia de Ramos", de Ivany Miranda, Oswaldo Melo e Afranio Melo, foi executada exaustivamente em várias emissoras por todo o país, tornando-se um dos grandes sucessos do cantor. No disco também foram incluídas "Cachorro quente" (Bonfim do Sete, Ponga e W. Diogo), "É castigo" (Gracia do Salgueiro e Marquinho de Caxias) e "O homem fiel" de Everaldo da Viola e Silva Filho, além de composições próprias, "Sítio do João" (c/ Édson Show) e "A recepção", em parceria com Jota Ramos e Abraão da Portela, entre outras. No ano posterior lançou o LP "O professor", destacando-se as faixas "O falso barão" (Afranio, Oswaldo Mello e Sergio Cleto), "Tá lotado" (Édson Show e Didiu), "Pega ladrão" (Afranio e Oswaldo Mello) e "Tumba moleque" de G. Martins e Everaldo da Viola, além da faixa-título de sua autoria em parceria com J. Ramos e Abraão da Portela.

Outro sucesso de sua carreira foi a composição "Funeral do Ricardão", de Ari e Criolo Doido, que deu título ao disco lançado em 1984, no qual também foram incluídas "Massa mole" (Sarabanda e Monarco), "Plantação" (Adelzonilton e Édson Show) e "Salve a cor" (Genésio Martins e Railson Reis), além de composições próprias. Dois anos depois, em 1986, lançou o LP "Duro na queda", destacando-se deste disco as músicas "Baixada" (Édson Show e Wilsinho Saravá), "Só dá nós" (c/ Dedé da Portela) e "A barraca do negão", de Genésio Martins, além da faixa-título "Duro na queda (O double)" em parceria com Genésio Martins, uma alusão ao filme americano de grande sucesso na época.

Pelo selo Continental lançou seis compactos, dois desses em 1977, um 1979 e os seguintes de 1981 a 1984, nos quais lançou composições como “Barra pesada (melô da Baixada)” (c/ José Paulo), “Mão no fogo”, “Ponta direita da vida” (c/ Avarese), “O barrigudo” (c/ Elias do Parque), “Olha a rima” (c/ J. Dias), “Melô do Sócrates (O bom de bola)” (c/ Édson Show), “Chatuba” (c/ Elias do parque), “Se o bigode falasse” (c/ Savinho), “Carne assada” (c/ Gracia do Salgueiro), “Comer fora” (c/ Elias do parque e Maria Rodrigues), “Golpe de mestre” (c/ Édson Show), “Zé de Minas” (c/ José Paulo), “O pianista”, “Unidos da natureza (Calmarias)” (c/ Elias do Parque).
No ano de 1988, pela gravadora BMG Ariola, lançou o disco "Mister Dicró". No LP interpretou "Festa da língua" (G. Martins e Araújo), "Vai fundo no quintal" (Gilper, Sergio Freitas e Noca da Portela), "Parabéns pra você" (Romildo, Buquinha e Dalmo de Souza), "Pra que que eu casei com isto" (Nelson Amorim e Darcy Maravilha) e ainda a faixa-título "Mister Dicró", em parceria com Pongá.

Em 1993, integrando a ala de compositores da Grande Rio, classificou em 9º lugar do Grupo Especial o samba-enredo "No mundo da lua". No ano seguinte, pela gravadora CID, lançou o CD "O bingo da sogra", disco no qual interpretou "Greve" (Edson Show e Wilsinho Saravá) e "Dá um teco" (Edson Show e Bebeto di São João), ambas de sucesso imediato, seguidas pela faixa-título "O bingo", composta em parceria com Pongá.

Em 1995 participou do projeto fonográfico "Os 3 malandros in concert", da gravadora CID, disco que o reuniu a Bezerra da Silva e Moreira da Silva. No CD além de interpertar junto a Bezerra e a Moreira da Silva as faixas "O recital" (G. Martins e Donduque), "Os três pagodeiros do Rio" (c/ (Wilsinho Saravá), "Ópera do morro" (c/ Pongá), "3 malandros in concert" (c/ Pongá), "Ressuscita ele" (Claudinho Inspiração e Evandro Galo) e "O político" (c/ Pongá), ainda cantou sozinho as faixas "Dava dois" (c/ Wilsinho Saravá e Beto Pernada) e "Rua da amargura", em parceria com Pongá.

No ano de 1999, pelo Selo Impacto Music, lançou o disco "O gozador", no qual foram incluídas, entre outras, "O gozador" (c/ Roberto), "O bráulio" (c/ Fausto) e "Escudo português", em parceria com o percussionista Darcy Maravilha.

Em 2002 regravou vários de seus sucessos e ainda três inéditas no disco "O piscinão", lançado pela gravadora Universal Music. O CD contou com a participação especial de Zeca Pagodinho na faixa "Velha Guarda", em parceria com o cumpadre Pongá. Entre as inéditas destacaram-se "Piscinão" (c/ Pongá) e "Cabide de emprego", em parceria com Chico Anísio. Entre os sucessos regravados figuraram "Olha a rima" (c/ J. Dias), "O sogro" (c/ Pongá), "Chatuba" (c/ Elias do Parque) e "Barra pesada" (c/ José Paulo).

No ano de 2004, ao lado da cantora Marília Beviláqua, foi o convidado do cantor Osmar do Breque no show "Girando poraí", do "Projeto Quartas Justas", no Sesc de Madureira. Neste mesmo ano, ao lado de Ricardo Cravo Albin, apresentou-se com sucesso no evento "O humor que revoluciona o Brasil", ciclo de palestra no Conjunto Cultural da Caixa - Teatro Nelson Rodrigues, no Rio de Janeiro.

Em 2005 foi um dos convidados do programa "Dorina.Samba", apresentando-se no auditório da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Em 2011 apresentou-se no palco do Teatro SESI, em show que fez parte do projeto "Samba & Outras Coisas", criado por Haroldo Costa e Paulo Roberto Direito. O repertório incluiu histórias e músicas como "Minha Tia", "Chatuba", "Bom de briga", "Melô da Galinha" e as "odes" às sogras. Nesse mesmo ano lançou o CD “O último malandro”, que contou com a participação do Grupo Deita e Rola e incluiu músicas autorais como “A nora” (c/ Roberto Dicró), “As mães do samba” (c/ Pongá), “O genro” (c/ Cézar Dicró), “O malandro”, “O neto alemão” (c/ Nuo), entre outras.

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